Os últimos dois anos foram puxados!
Pandemia, política, economia... tudo nos causa stress. Ligo a televisão e só vejo notícias pesadas, é difícil não me impactar com tanta desgraça.
Ultimamente, prefiro me abster de imagens de guerras e enchentes, para não absorver essa energia negativa. Prefiro não sobrecarregar o que já está tão complicado, mas ao mesmo tempo preciso tomar cuidado para não me alienar de tudo o que está acontecendo.
Alguns fatos mais próximos me tocam mais, e para estes, dou maior atenção. Me sensibilizo mais com a dificuldade financeira de uma família da minha comunidade, por exemplo, do que com a guerra da Ucrânia, pois isso é algo com que eu posso contribuir. Talvez se eu já tivesse visitado o país, ou conhecesse alguém de lá, mudaria um pouco essa visão...
Não é sobre não me importar com as pessoas, e nem sobre ser insensível a um problema mundial tão assustador. Mas já pensou se eu fosse me preocupar com todos os problemas do mundo? Isso me causaria uma frustração imensa, uma sensação de impotência impossível controlar. Uma vez uma psicóloga me disse que eu devia ser feliz, mesmo sabendo que havia fome na África.
E acho que é por aí mesmo. O segredo é conseguir filtrar o que me faz mal e viver minha vida apesar de tudo. Ao invés de absorver a energia negativa, escolher aquilo que está no meu controle para que eu possa ajudar de alguma forma e diminuir essa sensação de impotência.
E para que eu possa fazer escolhas, devo estar consciente, cuidar primeiro de mim para poder cuidar dos outros. A resposta é sempre o famoso autoconhecimento. Primeiro me ouvir e depois oferecer ajuda, quando eu estiver bem. Escolher aquilo que eu posso mudar. E pensar que uma pequena ação não muda o mundo, mas pode mudar o mundo de alguém.
"Tu te tornas externamente frustrado pelas expectativas que crias".
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