O que vc quer ser quando crescer? Essa é uma pergunta que ouvimos frequentemente quando somos crianças, mas dificilmente sabemos a resposta. São poucas as crianças que dizem desde cedo o que querem ser - e que não mudam de opinião ao longo da vida. Mesmo quando somos adolescentes e temos que escolher o que cursar na universidade, muitas vezes ainda não temos maturidade o suficiente para saber quem somos ou o que queremos...
Quando criança, quis ser bailarina, professora, psicóloga… Meus pais eram professores de matemática e português, e estas sempre foram minhas matérias preferidas. Adorava estudar, e meu brinquedo preferido era a minha escrivaninha amarela.
No ensino médio (ou colegial, como dizíamos naquela época), me identifiquei mais com as matérias exatas, e acabei escolhendo a faculdade de Ciência da Computação, que desde então era uma "carreira do futuro".
Sinceramente, não fazia a menor ideia do que era programação ou algoritmos. Ganhei meu primeiro computador (um Windows 95) assim que comecei a cursar a universidade. No terceiro ano, descobri que aquilo não era para mim, que eu não gostava de "codar". Mesmo assim, resolvi concluir o curso. Depois resolveria o que eu queria fazer da vida.
Apenas dez anos depois de me formar que comecei a trabalhar com gestão de projetos de desenvolvimento de software. Foi aí que me encontrei.
A gestão de projetos possibilita que eu use o raciocínio lógico que aprendi na faculdade e na matemática, mas também que eu tenha um olhar mais humano e mais colaborativo ao lidar com a equipe.
Além disso, é um trabalho muito dinâmico, em que aprendemos coisas novas diariamente. Cada projeto é um novo produto, uma nova funcionalidade, ou uma nova tecnologia. E isso me motiva a estar sempre evoluindo.
Gosto da autonomia e da flexibilidade que os projetos proporcionam. Gosto de não ter uma rotina, de não ter horários fixos e de ter liberdade para tomar decisões.
Para mim, a gestão de projetos significa ajudar pessoas e empresas a entregarem algo inovador. Significa fazer acontecer. Gosto de pensar que se eu não estivesse ali, os projetos demorariam mais para serem executados e os desenvolvedores de software teriam que se dedicar a outras atividades além do seu escopo de trabalho. Gosto de pensar que eu estou contribuindo para o negócio e para a equipe do projeto.
O propósito do gerente de projetos é conectar as pessoas, fazer com que elas deem as mãos e caminhem juntas em direção ao objetivo.
Mas... e agora? O que mais eu posso fazer da vida? Ainda tenho aquela sementinha da época de criança que dizia que eu queria ser professora, assim como meus pais. Gosto de me comunicar com as pessoas, de estudar, de aprender. Já estou me preparando para este futuro, cada vez mais agregando e compartilhando meus conhecimentos.
Só sei que, ao contrário de quando aquela adolescente escolheu o que eu prestaria no vestibular, hoje tenho inúmeras possibilidades. E, na hora certa, tenho certeza que saberei o que quero.
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