Trilha sonora para este post: Up & Up (Coldplay)
Sou fã do Leandro Karnal. E ontem assisti a uma palestra dele, intitulada
"Minha Felicidade depende só de mim", que me prendeu do começo ao fim com suas ideias sempre
interessantes. O
vídeo é bem longo, mas mesmo que você não tenha tempo ou paciência para
vê-lo de uma vez, vale a pena assistir alguns minutos por dia até
chegar ao final. Ele fala principalmente sobre a relação entre sorte
e trabalho, e apresenta o embasamento filosófico (e ao mesmo tempo divertido) sobre
uma frase em que sempre acreditei: Quanto
mais eu trabalho, mais sorte eu tenho!
Sempre fui uma pessoa muito estudiosa, dedicada e
trabalhadora. Aos 17 anos, recebi um convite de uma família americana para
fazer intercambio nos Estados Unidos, o que sempre pareceu sorte às demais
pessoas. Mas o que elas não sabem é que, desde os 11 anos de idade, eu havia estudado
inglês e sonhado em fazer intercâmbio.
Nessa época, meu sonho parecia impossível de ser realizado.
Meus pais não podiam pagar por essa viagem, e ao invés de me revoltar com essa situação, estudei mais ainda. Aos 12, também comecei a estudar espanhol, o que
na era pré Mercosul, era considerado brega e inútil. Com 15 anos eu já havia
terminado os 2 cursos e tinha um sonho cada vez mais maior de me
aventurar no mundo lá fora.
E nunca tive medo! Aos 17 anos, morando em uma cidade do
interior de São Paulo e de uma família que não tinha o costume de viajar,
nunca havia viajado de avião. Mas para conseguir conquistar o meu sonho,
lá fui eu sozinha para os Estados Unidos, voando pela primeira vez de avião até
Seattle, onde minha nova família americana me esperava. Não me lembro como
consegui fazer a conexão em Los Angeles, mas sim me lembro que fui até pedida
em casamento por um trabalhador do aeroporto!
E foi assim eu comecei a desbravar o mundo... cinco anos depois,
quando terminei a faculdade, lá fui eu fazer mais um intercambio na Espanha,
pois afinal, eu já sabia falar espanhol, não é mesmo? E por causa desses dois intercâmbios,
outros cinco anos depois, fui a única selecionada pela Telefônica, onde eu
trabalhava naquela época, para fazer um MBA na Espanha, em que a fluência nos
dois idiomas era pré-requisito para o curso.
E até hoje minhas viagens geram comentários das outras
pessoas... Sempre gostei de viajar e prefiro gastar meu salário com uma viagem
barata, me hospedando em albergues e não comprando nada ao invés de ter um celular
do último modelo ou um carro da moda. Mas, quem me vê no Facebook (e eu sempre
gosto de postar as fotos das minhas viagens sim!), pensa apenas
no fato de eu estar “sempre viajando”, e não de eu ter trabalhado duro antes para
poder pagar essa viagem. Como diz o ditado popular, “as pessoas veem as pingas
que bebo, mas não os tombos que levo”!
Sorte? Coragem? Eu acredito que tenho as duas coisas sim,
mas a sorte não significa nada se você não se preparar para ela ou não souber
aproveitá-la no momento certo. E quando a gente tem um sonho, a coragem vem
naturalmente e a gente nem pensa nisso antes de se lançar ao objetivo. Claro
que dá um friozinho na barriga, mas se até a Fernanda Montenegro ainda tem até
hoje quando entra no palco, como euzinha não teria quando estava fazendo minha primeira viagem internacional?
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