Terapia do Vinho

Viajar me inspira de todas as formas. Desde o planejamento do roteiro, a organização da mala, até a elaboração do álbum de fotos após a viagem. A viagem em si é apenas uma parte do todo.  A primeira fase é a escolha do destino. Tenho uma lista infinita de lugares que quero visitar (e que a cada um que conheço, outros novos são adicionados). A escolha pode ser definida de acordo com a estação do ano, com quanto tempo eu tenho, ou com quem irá embarcar nessa viagem comigo... Já fui a lugares que nem eram minha prioridade, por aproveitar uma companhia, uma oportunidade. E cheguei à conclusão de que toda viagem vale a pena. O próximo passo é a pesquisa da passagem, do hotel e dos passeios que irei fazer. Para mim, essa fase é como uma pesquisa sobre história, geografia e cultura. Já me conecto com o lugar, estudo sobre suas comidas típicas, seu artesanato, suas pessoas. Faço planilhas com os custos, planejo o roteiro dia-a-dia e agendo o transporte, a acomodação e os passeios.  Vi...

Ao ouvir o episódio  O avesso da jornada do herói , do podcast Mamilos , não pude deixar de pensar na minha própria jornada e como ela se conecta com muitas confissões que foram feitas pelos participantes daquele episódio.  Me identifiquei muito com a Ju Wallauer, quando ela disse que não tem coordenação nenhuma para esportes, e que, na época de escola, ninguém a escolhia para o time na Educação Física. Por causa disso, assim como ela, eu também sempre fui adepta dos esportes individuais, como corrida, bike, yoga e natação.  Já com a Cris Bartis , me identifiquei com o seu oposto no que diz respeito a namorar. Ao contrário dela, durante a adolescência (e até na juventude), eu era muito tímida, e mesmo quando estava a fim do cara, não conseguia dar a entender a ele que eu queria... Montava minha cara de brava e ia embora sempre sozinha (e frustrada) da balada.  Quando nos vemos nas redes sociais, somos sempre bonitos, inteligentes, bem-sucedidos, temos dinheiro para ...

Minha mãe já dizia: cada coisa em seu lugar, poupa tempo e muito falar. Cresci ouvindo esta frase e sempre levei a organização para todas as áreas da minha vida: minha casa, meu trabalho, minha agenda, minhas metas.  Meu dia preferido é sábado, quando acordo com calma e passo por todos os cômodos, organizando e limpando a casa inteira. Sinto um prazer imenso quando vejo tudo limpinho, arrumadinho e brilhando!  Sempre gostei de ter a casa arrumada e as coisas no seu lugar. Mesmo assim, e stou longe de ser uma ótima organizadora. Não consigo colocar labels nos meu e-mails e nem identificar os compromissos na agenda por cores. Meu planejamento do dia ainda é um postit e ainda prefiro anotar tudo em um caderno.  A organização para mim ainda é um mix de papel e digital. Meu armazenamento do celular e do drive estão sempre cheios e estou sempre apagando fotos e arquivos. Preciso aprender a centralizar tudo em um só lugar. Preciso aprender a ser mais produtiva.  Mas não t...

Tenho absoluto desespero pelo scroll infinito , aquela barra de rolagem que encontramos nas redes sociais, que nos faz ficar horas e horas lendo sobre a vida do outro ou desejando ter algo de que nem precisamos. E eu, que sempre senti um prazer imenso pelo encerramento, pela conclusão de atividades, pela conquista de metas, simplesmente não consigo lidar com algo que não tem fim.  Sempre adorei a segunda-feira, pois ela me dá a chance de recomeçar minha rotina. Sempre adorei estrear um caderno novo, pois é uma oportunidade de escrever com uma letra mais bonita... Mas, ultimamente, não sinto mais este prazer. A virada do ano não traz mais a mesma emoção de antes, e sim a sensação de que o ano que se inicia é apenas a continuação do ano anterior. Desde que a pandemia começou, essa sensação é ainda maior. É impossível distinguir 2020 de 2021 e, quiçá, poderemos reconhecer 2022 no futuro.  Estamos sempre conectados e recebendo informações de todos os lados, por todos os tipos de t...

Desde pequena, sempre fui muito organizada. Adoro arrumar o guarda-roupas, as fotos, a mala... e eu literalmente entro no flow quando estou organizando alguma coisa. Não vejo o tempo passar e não me lembro de comer, de beber água e nem de dormir.   Já li diversos livros e assisti a vários programas ou séries sobre organização, que me deram muitas dicas sobre como organizar minhas coisas de forma cada vez melhor. Os que mais gostei foram A Mágica da Organização , de  Marie Kondo   (o livro e a série do Netflix), The Home Edit (série do Netflix)   e  Santa Ajuda   (também no formato livro + série do GNT).  Recentemente, li também o livro Vida Organizada , da Thaís Godinho (que, além de outros livros sobre o tema, também possui um  blog  maravilhoso), que me fez pensar na organização da minha vida como um todo. Ela apresenta a organização de forma bem prática e funcional, com o objetivo de simplificar sua vida e não de tornar-se seu ...

Assistir a séries no Netflix faz parte da minha rotina. É aquele momento em que eu relaxo, faço digestão e deixo que meu cérebro descanse por um tempo...  Por isso, adoro ver séries felizes, com gente bonita, no estilo novelinha mesmo. Dessas que a gente não precisa pensar em nada - no máximo chorar com a felicidade (ou com o drama) dos outros.  Mas o que eu mais gosto de observar nas séries são as pessoas. Várias séries que eu curto tratam o relacionamento entre as pessoas de uma forma linda e sensível.  Em  Chesapeake Shores , vejo a ligação entre os cinco irmãos (e principalmente, entre as três irmãs), que estão sempre compartilhando suas histórias, suas paixões e seus problemas.  As irmãs Bree, Abby e Jessy, em Chesapeake Shores This is Us é outra série que eu amei e que também fala do apoio da família e dos irmãos, além de tratar de temas como adoção, racismo e gordofobia de forma sublime.  Os trigêmeos de This is Us Em Sweet Magnolias , são as três am...

Dinheiro nunca foi uma prioridade na minha vida. Nasci em uma família relativamente grande e meus pais eram professores, portanto a educação sempre foi um tema muito mais importante para nós. Nunca nos faltou nada, porém nunca tivemos luxo. Algumas vezes, desejei ter o que minhas amigas tinham. Roupas da moda durante a adolescência, um carro na época da faculdade... Não podia comprar tudo o que eu queria, mas desde cedo percebi que não faria muita diferença ter tudo aquilo. Talvez minha vida tenha sido um pouquinho mais difícil por isso, mas também foi muito mais prazerosa. Até hoje me lembro da satisfação que senti quando comprei o meu primeiro carro. A sensação de conquistar aquilo com o meu próprio trabalho foi indescritível. E senti esta mesma sensação quando comprei meu último carro, pois cada um deles foi uma conquista diferente, sempre melhorando em relação ao anterior.  Hoje, percebo que tudo o que eu consegui através do meu dinheiro foi consequência do meu esforço, das min...