Recentemente, assisti a um workshop na empresa onde trabalho sobre como usar a empatia no modelo de trabalho remoto. O workshop foi ministrado pela Tati Fukamati, que é criadora da Revolução da Empatia e estuda a empatia sob a perspectiva da neurociência. E a partir deste workshop, passei a olhar a empatia de um ângulo diferente...
Empatia não é concordar com todo mundo, gostar de todo mundo ou nem mesmo dizer sim para tudo. É entender o ponto de vista do outro, imaginar o que ele está sentindo e conectar-se emocionalmente com este sentimento. A empatia aumenta o nosso repertório e nos torna muito mais criativos e inovadores.
Recentemente, o conceito de empatia adquiriu novos significados, desde que adotamos o trabalho remoto no ambiente corporativo. Tivemos que nos preocupar muito mais com a realidade do outro do que quando estávamos todos no escritório sob as mesmas condições. No home office, cada um possui uma realidade diferente, um espaço de trabalho diferente ou uma conexão de internet diferente. Uns possuem filhos, outros apenas pets. Reformas no apartamento do vizinho (ou até mesmo na sua própria casa) durante o horário de trabalho são constantes. E, agora que estamos voltando ao trabalho híbrido, teremos que nos preocupar também com quem está presencial e remoto ao mesmo tempo, e tentar criar a mesma experiência para todos.
Além disso, a pandemia veio também para comprovar que o ser humano é essencialmente social. Nos últimos dois anos, muita gente adoeceu por se privar do contato com as outras pessoas, por não ter mais o momento do cafezinho no trabalho, da reunião de equipe em uma sala altamente disputada ou do almoço na sexta-feira em um restaurante especial. A saúde mental nunca foi um tema tão falado quanto atualmente, até mesmo em ambientes puramente competitivos, como o esporte olímpico - e o próprio mundo corporativo.
A empatia é inata ao ser humano, mas também pode ser treinada, devido à neuroplasticidade do nosso cérebro. Perguntar para os seus colegas de trabalho como eles estão se sentindo hoje (e ter um interesse genuíno na sua resposta) é uma das formas mais simples de desenvolver a empatia.
Por fim, o que mais me marcou durante este workshop foi a seguinte frase: Não faça aos outros o que você gostaria que fizessem com você. Elas simplesmente podem ter necessidades diferentes das suas. Pois, para ter empatia, você precisa primeiro tirar os seus próprios sapatos, para depois colocar os sapatos do outro.
Esse TEDx da Tati é da era pré-pandemia, quando a empatia ainda não tinha todos esses significados e era apenas uma “competência do futuro”. Mas, da mesma forma, já era de extrema importância na nossa vida profissional e pessoal. Hoje, esta não é mais uma competência do futuro e sim o nosso presente. Então... bora praticar a empatia?
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