Todos os dias desta
semana, desde que cheguei em Garça, acordo cedo para ir caminhar no Lago. Este
é o lugar onde todas as pessoas da cidade se encontram, para fazer esportes,
caminhar, levar as crianças para brincar ou simplesmente passear... À noite, o
lugar também enche de gente para comer em uma das lanchonetes e restaurantes
dali. Claro que nesse horário você também encontrará muita gente bebendo e
ouvindo música alta (sempre de mau gosto, claro), gente que compete entre si pelo prêmio
do alto falante mais potente do carro.
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| O Lago de Garça e o pedalinho |
Para completar, o
Lago de Garça também foi o lugar escolhido pelos japoneses para o plantio das
Cerejeiras (aquelas que dão flores rosa no inverno, e não frutos), e uma vez ao
ano a cidade nos brinda com a Festa das Cerejeiras, quando muitos japoneses e
turistas da região visitam nossa cidade para apreciar os shows e comidas
típicas japonesas.
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| Flor da Cerejeira |
Mas, para mim, o Lago
é muito mais que isso. Ele é o responsável pela socialização, item
indispensável em uma cidade pequena do interior. Aqui, a maioria das pessoas se
conhece e se encontra no Lago todos os dias com o intuito de fazer exercícios,
mas com um objetivo muito maior de relaxar e fazer networking. O Lago é o local
que proporciona qualidade de vida às pessoas da cidade.
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| Jardim Japonês |
Há muitos anos, minha
mãe se aposentou e começou a caminhar religiosamente todos os dias em volta do
Lago. Faça chuva ou faça sol, frio ou calor, no horário normal ou de verão, ela
sai de casa cedinho para sua caminhada diária. A volta
completa nas duas quadras possui pouco mais de 1 km, mas quanto mais voltas ela
dá, maior é a probabilidade de encontrar pessoas para conversar. E cumprimenta
todas, mesmo que não as conheça!
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| Tori, o portal japonês |
Esse é um dos benefícios
de se morar em uma cidade pequena... todos se conhecem, todos se ajudam e
colaboram para o bem coletivo. Minha mãe se sente tão parte da cidade que chega
até a recolher garrafas plásticas e latinhas do chão, deixadas pelos baderneiros da noite, e jogá-las no lixo reciclável. A princípio isso me pareceu um exagero, mas se todos
que frequentam o local fizessem o mesmo, o lugar seria muito mais limpo para o
uso de todos!
Quero, com este post, levar o pensamento de coletividade, de networking natural, e de apoio ao próximo,
para as grandes cidades em que vivemos por aí. Que cada um de nós tenha um espacinho (seja um parque da cidade, a praia, ou o playground do prédio onde
mora) para chamar de seu, para sentir-se parte e colaborar para o bem comum; que
fale “Bom Dia” mesmo a pessoas que não conheça; e que se nesse seu espacinho
tenha a qualidade de vida de uma cidade do interior.




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