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De repente... 40!


E assim, meio que de repente… eu fiz 40 anos! 

Isso mesmo, sou uma quarentona! Virei vintage. Entrei na idade da loba. 
Como assim? Ontem mesmo eu ainda estava nos “inta”, e um dia depois mudei de faixa, assim do nada? E afinal, essa idade faz alguma diferença na vida da gente? Bom... sim e não!

 Por um lado, ainda me sinto uma jovem de 20! Cheia de energia, de vontade de fazer muitas coisas, de viajar pelo mundo e de mudar radicalmente de vida. Mas confesso que não tenho mais o mesmo pique de 20 anos atrás, não aguento mais noitadas madrugada adentro, não emagreço mais com facilidade e já preciso de certos procedimentos estéticos pra ficar bonita...

Sou metade menina, metade mulher; metade imatura, metade sábia; metade corajosa, metade insegura; metade forte, metade sensível... sou uma mistura de todas essas coisas, talvez porque eu esteja apenas chegando na metade da minha vida...

E a verdade é que nem eu mesma acredito que já tenho 40! Quando eu tinha 20, imaginava que minha vida seria bem diferente: hoje eu já teria uma família, dois filhos (de preferência um menino e uma menina) e seria uma executiva de sucesso. Ao invés disso, estou solteira, sem emprego e tendo que decidir logo se quero congelar meus óvulos...

Mas não pensem que estou melancólica por isso! Minha vida sempre foi muito boa, sempre cercada da minha família e amigos, estudando e aprendendo coisas novas e evoluindo na minha carreira e na minha personalidade. 

Me sinto muito mais feliz agora do que quando eu tinha 20! E acredito que tudo na vida tem um propósito, e que, independentemente da minha vida não ter sido exatamente como eu havia planejado quando era mais nova, muitas outras coisas maravilhosas aconteceram por algum motivo que talvez eu ainda não entenda. 

Ah... e se eu soubesse naquela época que a vida era muito mais simples do que eu imaginava! Teria sido tudo tão mais fácil... e a vida tão mais descomplicada... mas aprendi a sofrer menos, a ter menos expectativas, a pensar em mim em primeiro lugar e a aceitar os acontecimentos de uma forma muito mais natural. Hoje me sinto muito mais bonita, mais segura, mais madura, mais serena.

E o que vale mesmo é a idade que a gente sente e não a idade cronológica. Porque quando a gente se sente bem, a idade é apenas um número que inclui todas as nossas deliciosas experiências de vida.

Enfim, tenho muito orgulho de dizer que já tenho 40 anos! Mas com um corpinho de 30, claro...


E pra fechar coloco uma musiquinha que me representa muito bem agora!!!

Ana Vilela - Trem Bala


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