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Showing posts from May, 2023

Singela Homenagem

Sempre fui fã de Rita Lee. Talvez porque ela fosse literalmente o meu oposto: rebelde, original e irreverente, enquanto eu sou certinha, organizada e estudiosa. De qualquer forma, sempre admirei artistas que iam contra o status quo : Rita Lee, David Bowie, Michael Jackson, entre outros. Desde que era adolescente escutava “Lança Perfume”, sem nem saber o que aquilo significava. Me lembro que quando comecei a fazer piano popular (depois de cinco anos de piano clássico), a primeira música que aprendi foi “Doce Vampiro”. E que sempre pedi para o papai do céu me dar um namorado “lindo, fiel, gentil e tarado”. Fui apenas em um de seus shows, no Parque Ibirapuera, logo que me mudei pra São Paulo. O outro show que eu iria, em abril de 2020, foi cancelado por causa da pandemia e depois que as coisas voltaram ao “normal” ela nunca mais conseguiu voltar aos palcos, já por causa da doença. Mas tive vários de seus discos seus e sempre soube cantar todas as suas músicas. Comecei a curtir os Beat...

De repente, tudo estava diferente

 De repente, ninguém estava à minha espera na rodoviária. Em casa, todos dormiam e nem me viram chegar. A cama não estava arrumada,  a louça não estava lavada, a mesa do café não estava posta e minha mãe não tinha feito pão.   Tudo estava diferente. Sabia que as coisas não estavam bem. Minha mãe ficou o tempo todo deitada sem aquela energia de costume  fazendo mil coisas pela casa e me beijando sempre que passava por mim  Suas amigas não vieram à tarde para o café Não teve aquela conversa animada à mesa da cozinha Nem as risadas altas E nem as fofocas da cidade Meu pai também não estava em casa   Nos revezávamos para visitá-lo no hospital  apenas duas vezes por dia e ele sempre perguntava da minha mãe... Não levei nada quando fui embora Além de um aperto no coração e da esperança de que da próxima vez  tudo voltasse ao normal...